A CGTP-IN denuncia e condena o grave passo dado na escalada de desestabilização da República Bolivariana da Venezuela com a auto-proclamação do “Presidente interino”, apoiado pelos EUA e a UE, violando a ordem constitucional e democrática deste país. Trata-se de mais um acto de um processo golpista que inclui medidas crescentes de bloqueio económico e diplomático, actos de terrorismo, sanções e ameaças de agressão militar por parte dos EUA, atacando direitos e causando constrangimentos crescentes à vida da maioria dos venezuelanos.
Uma escalada cada vez mais agressiva e carregada de perigos que não coloca apenas em causa o Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro (eleito com 67% de votos no que foi o 25º acto eleitoral realizado em 20 anos), procurando, sobretudo, quebrar a unidade do povo, contrariar a expressão democrática da sua vontade e, por essa via, travar e reverter os avanços na justiça social alcançados neste país.
Uma acesa luta entre quem, como a oligarquia venezuelana, os EUA e a UE, quer deitar a mão às imensas riquezas naturais deste país (uma das maiores reservas do mundo em petróleo), e um povo que defende a soberania sobre os recursos que só a si pertencem e que são determinantes para avançar no rumo do desenvolvimento nacional e de solidariedade internacional - que tem sido de um inestimável valor recíproco para muitos povos e países, particularmente da América Latina.
A CGTP-IN reitera a sua solidariedade e apoio à Revolução Bolivariana, processo que, desde 1998, alcançou feitos assinaláveis em benefício dos trabalhadores e do povo, em particular dos mais pobres: garantiu acesso a direitos laborais, nomeadamente o direito a férias pagas e protecção social, e retirou da pobreza milhões de trabalhadores venezuelanos; realojou 2,5 milhões de famílias em lares com condições dignas de vida; erradicou o analfabetismo; aumentou a escolaridade e a frequência universitária (alcançando uma das maiores taxas do mundo); generalizou os serviços e o acesso aos cuidados de saúde.
A CGTP-IN reitera também a sua defesa dos interesses da comunidade portuguesa na Venezuela (com a qual está solidária), postura a partir da qual exige do governo Português o cumprimento da Constituição da República Portuguesa e do Direito Internacional, pondo fim ao imiscuir nos assuntos internos da Venezuela, rejeitando as posições e a acção dos EUA e da UE com este objectivo. condenando o golpismo e respeitando a soberania e independência da Venezuela.
A CGTP-IN apela aos trabalhadores para que redobrem esforços no esclarecimento e na denúncia da gigantesca campanha de propaganda, desinformação e silenciamento que procura apresentar como responsabilidade do governo e do povo que o apoia as responsabilidades que são da oligarquia venezuelana, dos EUA e da UE. Campanha que ao mesmo tempo esconde as enormes manifestações de apoio do povo venezuelano ao seu governo e a onda de solidariedade internacional que vem ganhando crescente expressão e dimensão.
Augusto Praça
Comissão Executiva
A CGTP-IN apela aos trabalhadores, aos democratas e progressistas para que divulguem e participem nas iniciativas de Solidariedade com a Revolução Bolivariana e o povo venezuelano de que somos promotores, juntamente com o Conselho Português para a Paz e Solidariedade (CPPC) e outras organizações:
- Sessão de Solidariedade com a Revolução Bolivariana, no próximo dia 31 de Janeiro (Quinta-feira), pelas 18h30, na Casa do Alentejo, em Lisboa.
- Sessão de Solidariedade com a Revolução Bolivariana, no próximo dia 30 de Janeiro (Quarta-feira), pelas 18h00, no Circulo Católico de Operários do Porto (Rua Duque de Loulé, nº202, Porto)
* Associação Conquistas da Revolução
Associação de Amizade Portugal – Cuba
Associação de Cubanos Residentes em Portugal
Associação Intervenção Democrática
Associação Portuguesa de Amizade e Cooperação Iúri Gagárin
Confederação Portuguesa de Quadros Técnicos e Científicos
Ecolojovem – Os Verdes
Movimento Democrático de Mulheres
Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins
União dos Sindicatos de Aveiro
União dos Sindicatos de Lisboa
União dos Sindicatos do Porto