No dia 30 de Março, foi assinalado o dia da Terra Palestina. Este dia marca o momento em que, há 42 anos, seis Palestinianos foram mortos pelo estado de Israel quando protestavam contra a ocupação de terras, iniciando depois protestos e uma greve geral que levou à brutal repressão e à prisão massiva de trabalhadores Palestinianos.
No momento em que se assinala o Dia da Terra Palestina, o povo e os trabalhadores da Palestina iniciaram uma série de protestos pacíficos junto ao Muro do Apartheid que separa a Faixa de Gaza do restante território, e que denominaram “Grande Marcha do Regresso”, que culminará no dia 15 de Maio assinalando os 70 anos da Nakba.
Durante estas concentrações, o estado de Israel e o seu exército, que instalaram centenas de “snipers” e reforçaram a presença militar, atiraram com fogo real contra os manifestantes provocando quase duas dezenas de mortos e centenas de feridos.
Israel, que desde 1967 ocupa ilegalmente território Palestino, mantém uma política de repressão e segregação racial sobre o povo e os trabalhadores palestinianos. Prossegue, nos territórios ocupados, à espoliação de terras e à expansão de colonatos ilegais. Os trabalhadores palestinianos são vítimas diárias de repressão e discriminação, obrigados, diariamente, a atravessar pontos de controlo para chegar aos seus trabalhos e impedidos de usufruir de direitos, vendo mesmo os seus salários retirados pelas forças israelitas.
Neste ano, o Dia da Terra está envolto numa maior pressão e ameaça por parte de Israel, com a recente tomada de decisão dos EUA de mudar a sua embaixada de Telavive para Jerusalém.
O Conselho Nacional da CGTP-IN condena veementemente a repressão e a violência sobre as manifestações que os Palestinianos têm desenvolvido e:
Exorta o estado português a condenar a continuada repressão sobre o Povo Palestiniano, nomeadamente estas brutais acções do exército israelita que assassinaram dezenas de palestinianos e deixaram feridas muitas centenas de pessoas que se manifestavam;
Apela ao reconhecimento do Estado da Palestina, com Jerusalém Oriental como capital, por parte do Estado Português.
A CGTP-IN reafirma a sua solidariedade e exorta o povo português a apoiar os trabalhadores e o povo palestiniano, na sua heróica luta pelo direito à constituição do seu Estado Independente e Soberano, com as fronteiras anteriores a Junho de 1967 e a capital em Jerusalém Oriental.
Lisboa, 5 de Abril de 2018
O Conselho Nacional da CGTP-IN