A CGTP-IN promoveu um acto público de solidariedade com a Palestina, no dia 6 de Julho, em Lisboa, em conjunto com o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) e o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM). Ver fotos
Tratou-se de um acto amplamente participado, expressão de solidariedade dos promotores e dos participantes perante a ameaça de Israel anexar 30% da Cisjordânia, considerando como seus territórios reconhecidos internacionalmente como fazendo parte da Palestina. A intervenção da CGTP-IN rechaçou os planos israelitas e reafirmou a solidariedade «ao povo e aos trabalhadores da Palestina» na sua luta «pelo direito à paz e a constituir o seu Estado livre e independente, com as fronteiras de 1967 e com capital em Jerusalém Oriental».
A CGTP-IN denunciou que a «ocupação Israelita é marcada pela segregação e discriminação e tem um traço de classe. Os palestinianos são obrigados a procurar emprego nos territórios ocupados ou nos colonatos israelitas e sujeitos às discriminações e arbitrariedades diárias das forças ocupantes. Os trabalhadores palestinianos sofrem a mais brutal exploração, com salários 50% mais baixos que os restantes, com extrema precariedade e alvo de intermediários que lhe retiram parte do salário. São também os Palestinianos as principais vítimas dos acidentes de trabalho, muito por culpa dos intensos ritmos de trabalho a que estão sujeitos, porque trabalham mais horas e têm menos protecção, conforme atestou a missão da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no ano passado.»
A anexação faz parte dos objectivos do chamado «Plano do Século», que o imperialismo norte-americano tem em marcha com o governo Israelita, constituindo um grave atentado ao Direito Internacional e à Paz no Médio Oriente e no Mundo.
A anexação não travará a política expansionista de Israel, que alarga a ocupação de territórios palestinianos e promove a fixação de novos colonatos; aprofunda o seu carácter xenófobo, racista e genocida, aumentando o seu numeroso coro de crimes e violações de direitos fundamentais. Assistir a um crime e não fazer nada é ser cúmplice do autor. Os vários intervenientes dirigiram-se por isso também às autoridades nacionais, considerando urgente que o «governo de Portugal se demarque desta acção e que, em respeito pela Constituição da República Portuguesa, assuma uma posição frontal de condenação das acções de Israel.
Este acto constituiu uma importante afirmação de solidariedade e apoio ao «povo e aos trabalhadores da Palestina, que resistem heroicamente à ocupação do regime sionista», defendendo o inalienável direito à sua pátria independente e soberana. Uma solidariedade e apoio que necessita de se intensificar e ampliar, sendo esse o compromisso dos promotores do acto e de todos quantos nele participaram.
INT/CGTP-IN
06.07.2020