Os dados do INE relativos ao 2º trimestre de 2018 confirmam um aumento homólogo do PIB de 2,3%.
Estes dados demonstram a importância dos rendimentos de quem trabalha e trabalhou como factor de dinamização da economia nacional, indutor de um maior crescimento económico e promotor do aumento de emprego que se tem verificado.
No entanto, o nível de crescimento económico não está a ter correspondência numa subida dos salários reais que permanecem praticamente estagnados (cerca de 0,5% de crescimento homólogo). Até Maio, o salário bruto médio mensal dos novos empregos criados foi de € 761,88, sendo que em cada três novos contratos, dois têm um vínculo precário.
Esta situação é elucidativa da necessidade de inverter o ciclo de baixos salários e de baixo valor acrescentado que marcam a evolução do nosso modelo económico nas últimas décadas.
Mais salários, melhor emprego e a valorização das profissões constituem, entre outros, elementos centrais da ruptura com a política de direita, que os últimos tempos comprovam como sendo não só possível, como absolutamente necessário.
Tivesse o Governo do PS empreendido uma política mais justa na repartição da riqueza e o país estaria hoje com ritmos de crescimento e desenvolvimento económico bem mais significativos.
Para a CGTP-IN urge investir na produção nacional, defender e modernizar os sectores tradicionais, assim como promover novas fileiras que incorporem um maior valor acrescentado para a economia nacional. E incrementar a melhoria do poder de compra com outra política laboral, salarial e fiscal que valorize os trabalhadores e avance nos seus direitos, para promover o desenvolvimento e o progresso social do país.
Lisboa, 31 de Agosto de 2018
DIF/CGTP-IN